Na onda da galera

Ao ver tudo o que eu tinha acabado de ver eu simplesmente poderia ter virado as costas. Eu sabia tanto, eu deveria estar tão assustada. Eu voltaria todo o longo caminho que eu havia percorrido para chegar até lá. Poderia voltar até o ponto de partida e me acomodar lá, ficar parada e quieta, sem nunca me mexer, como se eu estivesse esperando a coisa errada, outra vez. Pode ser mais fácil, mais prático. Ao mesmo tempo, sem a possibilidade de emoção nenhuma.

Não por meu orgulho, mas não segui o que muitas vozes me diziam, “não vá”, era sempre a mesma coisa. E eu só queria fazer o que eu ouvia, era Deus me dizendo “vai, te levo pela mão se achar que pode cair, mas não se preocupe, não deixarei que isso aconteça”, confesso, que como qualquer outro ficaria em meu lugar, fiquei confusa, insegura. Mas fui. 

Depois de um sonho tão real acontecer mesmo, não podia acabar em nada. E não acabou. O que já começou teve, de certo modo, um fim. Mas esse fim, é o começo de todas as coisas. 

O que eu estive procurando? Nem sei mais. Sei é que quando parei de procurar o que nunca acharia, fui encontrada. E não poderia ter sido de um jeito melhor.

Agora, todo o momento único que tenho com esse alguém faz o mundo parar, por alguns segundos, pra aproveitar o que eu sempre pedi, e o que consequentemente recebi.